Há já mais de 700 anos que o Castelo de Porto de Mós se ergue no monte mais alto da vila medieval. Plantada no sopé norte da serra de Aire e Candeeiros, a povoação alia a proximidade a vias importantes – tais como a EN1. Há um autêntico tesouro de beleza natural que se esconde nos recantos do Maciço Calcário Estremenho.
O ex-líbris da vila sofreu nos últimos tempos obras de beneficiação com vista a melhorar os acessos de visitantes com deficiências motoras. Agora, o castelo de D. Fuas Roupinho está novamente a postos para receber turistas.
É lá, aliás, que começa esta visita. Para além do testamento histórico de uma fortaleza que ajudou a quebrar o ímpeto mouro, salvaguardando os caminhos para Leiria e Coimbra, a posição privilegiada do castelo proporciona hoje vantagens com propósitos menos bélicos, tais como apreciar a serra que se ergue em torno da vila.
É para lá que nos dirigimos, mas, antes, a paragem para almoço. A nossa recomendação é o Canto da Saudade, uma casa típica – com a porta aberta há mais de 10 anos – em que a marca do Centro se faz sentir através das carnes, do pão e do vinho.
Ainda na vila, a calma que emana das margens do rio Lena convida a passear no parque que se ergue na sua margem. O programa continua a uma dezena de quilómetros da vila, junto à Fórnea, uma das mais belas deformações geológicas do concelho. Uma deformação em forma de anfiteatro, com 500 metros de diâmetro e 250 de altura, é única no País e uma das mais bem conservadas da Europa.
O próximo destino, a serra de Santo António, está plantada na divisória dos distritos de Leiria e Santarém. Embora a povoação pertença ao concelho de Alcanena, a Porto de Mós pertencem ainda as Grutas de Santo António.
Se, à superfície, a vegetação, a flora e a geografia criam um ambiente natural de beleza única, sob a terra esconde-se outro desses tesouros. Descoberta em 1955 por uma criança que perseguia uma gralha, a área visitável da gruta é composta por uma única sala principal, onde o percurso preparado pelos curadores guia os visitantes em torno das estalagmites e estalactites que se apertam no espaço. A entrada varia entre dois e seis euros, e a gruta está aberta das 10h00 às 18h30, no verão, e das 10h00 às 17h00, no inverno.