Um estudo internacional, envolvendo a Universidade de Évora (UÉ), mostrou que as aves adaptam as rotas migratórias em função das áreas com picos de produtividade, mas, no futuro, devido às alterações climáticas, encontrar alimento pode tornar-se um desafio.
A investigação foi liderada pela Universidade de Copenhaga (Dinamarca), com a participação do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da UÉ, tendo a equipa publicado, este mês, um artigo na revista Science Advances.
Miguel Araújo, do CIBIO-UÉ, explicou à agência Lusa que a equipa recorreu à telemetria por satélite e a micro-transmissores colocados em 38 aves de três espécies -- cuco-canoro, picanço-de-dorso-ruivo e rouxinol -- para analisar os seus padrões migratórios, seguindo as deslocações em tempo real, e elaborou projeções climáticas futuras.