A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, realizou esta quarta-feira um balanço da situação epidemiológica e reforçou o apelo à adoção de medidas de proteção individual para o período da Páscoa que se avizinha.
O número de casos na última semana, 60 mil, é superior aos picos das curvas anteriores, exceto a do último inverno, mas ainda "estamos longe de chegar a uma atividade basal baixa, que nos permita ter um verão descontraído e seguro", afirmou Graça Freitas em declarações aos jornalistas.
A mortalidade por Covid-19 revela uma tendência estável, mas decrescente. No entanto, este valor é superior ao estipulado em 20 óbitos por milhão de habitantes que permite abrandar medidas de proteção contra o vírus. "Não podemos aliviar medidas, aumentar convívio e esperar que não tenha repercussões na pandemia", alertou Graça Freitas.
No momento em que a variante BA2 é dominante em Portugal, o SNS apresenta uma grande capacidade para acomodar doentes com Covid-19, revelou a diretora-geral da saúde. A transmissibilidade continua muito elevada, com tendência geral decrescente e o R(t) é inferior a 1.
Recomendações para a época pascalA Diretora-Geral da Saúde reforça o pedido à população para manter o cuidado com os mais vulneráveis e continuar com a utilização de máscaras em espaços fechados. "Nas crianças abaixo dos cinco anos o uso de máscara não é obrigatório", refere Graça Freitas.
Antes dos convívios pascais, a DGS recomenda a realização de testes à Covid-19 e o arejamento dos espaços.
Nas escolas o uso de máscara vai continuar a ser obrigatório. "51% das crianças entre os seis e 17 anos contraíram Covid-19. Retirar a máscara é um risco muito grande", afirma. O uso de máscara nas discotecas continua a ser facultativo, uma vez que a ida à escola "é obrigatória e a ida à discoteca é uma opção", conclui.
Relativamente à questão da quarta dose de vacinação contra a Covid-19, Graça Freitas esclarece que ainda falta determinar para quem é que será necessário o reforço.
Regresso das viagens de finalistas preocupaO regresso dos estudantes das viagens de finalistas preocupa a diretora-geral da saúde, uma vez que representa "um risco, sobretudo para os familiares".