"Realço que em momento algum foi suspenso o direito à liberdade religiosa". Foi assim que Graça Freitas respondeu esta sexta-feira às perguntas dos jornalistas, relativamente à comparação que tem sido feita, no âmbito das novas restrições para travar a Covid-19, de não estarem permitidos quaisquer espetáculos ou atividades culturais, enquanto são permitidos cultos e celebrações religiosas.
A ministra da Cultura socorreu-se da Constituição para defender o princípio da liberdade religiosa. "Não há nenhuma alteração ao que o Governo decretou no primeiro confinamento. A liberdade religiosa não pode ser minimamente afetada. É isso que se trata na comparação que tenho ouvido", atirou, justificando a decisão que tem gerado polémica entre profissionais do setor da Cultura.
"Entendemos a frustração e impacto que a decisão que tem, mas realço que ontem e hoje morreram 150 pessoas em Portugal. Estamos confrontados com situação pandémica, que tem que nos fazer reagir a todos. A decisão do governo é a regra, e a regra é ficar em casa. Temos que aderir à regra e não à exceção.", concluiu.