O júri do concurso decidiu distinguir a obra desta autora, de 83 anos, nascida em Lisboa, considerando que "Estranhezas" "é uma exaltação da paixão, da beleza, do real concreto e efémero eternizado pela deslocação da esfera do tempo para espaços da escrita".
"As sete partes deste livro revisitam e deslocam os temas centrais da obra e Maria Teresa Horta que, desde o seu primeiro livro ['Espelho Inicial', 1960], criou um glossário e uma sintaxe muito pessoais, um idioma singular, que subverte e atualiza a ideia e poesia como canto celebratório, brincando com as convenções da rima e do ritmo", pode ler-se na declaração de voto do júri.