"Não se trata de reivindicar irresponsavelmente um privilégio para a cultura, mas de propor que, dentro das exceções possíveis e necessárias nestes tempos difíceis, a cultura seja considerada uma delas", pode ler-se no final do "Manifesto pela 'exceção' da cultura", que tem como primeiro subscritor o encenador João Garcia Miguel, de uma lista que prossegue com, entre outros, o antigo diretor-geral das Artes João Aidos, o diretor do Teatro Municipal de Vila Real, Rui Ângelo Araújo, o programador do Teatro Municipal da Guarda, Victor Afonso, e o diretor artístico do Theatro Circo, em Braga, Paulo Brandão.
O manifesto lamenta que "as sucessivas alterações às regras para apresentação de espetáculos no atual Estado de Emergência não só reduziram em demasia os horários possíveis para a atividade como, ao introduzir um grau permanente de imprevisibilidade, afetaram a comunicação entre equipamentos culturais e espectadores, necessária para assegurar fluxos de público razoáveis".