“As pessoas são tão simpáticas que um rapaz pediu para namorar comigo”, disse ao CM a actriz Inês Castel-Branco, após o ensaio de apresentação da produção do Teatro da Terra, companhia dirigida pela actriz e encenadora Maria João Luís, presença regular em telenovelas.
Além de nomes como Custódia Gallego ou Cremilda Gil, Maria João Luís integrou na primeira peça da companhia duas amadoras (Lígia Braz e Sandra Lopes) e figurantes do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor.
“Este projecto pretende uma relação de proximidade com o público, levando o teatro, com uma linguagem acessível às pessoas, a locais que estão mais carenciados”, disse ao CM a directora artística.
‘A Casa de Bernarda Alba’, de Federico García Lorca, sobe ao palco do Cine-Teatro de Ponte de Sor até sábado e de 17 e 20 de Junho, sempre às 21h30. Nos dias 14 e 21 irá a Foros do Arrão e Montargil, localidades do concelho. Depois desta minidigressão, vai percorrer muitas salas de norte a sul do País.
Custódia Gallego é a tirana ‘Bernarda’, que exerce constante vigilância sobre cinco filhas (Inês Castel-Branco, Adriana Moniz, Diana Costa e Silva, Joana de Carvalho e Maria João Pinho). “Eu não penso, ordeno” é uma das frases proferidas pela tirana que marca o início da peça e antecipa um final trágico devido ao encanto que um homem exerce sobre as suas filhas.