Steve Pope, um dos mais reputados terapeutas do Reino Unido, alerta esta quinta-feira, numa reportagem publicada pelo
Daily Mail, para o facto de o vício dos videojogos estar a crescer de forma descontrolada entre os futebolistas, que passam cada vez mais horas agarrados às consolas.
A pandemia levou as pessoas a permanecerem mais tempo em casa e muitos jogadores ocuparam o tempo livre com videojogos. Só que para muitos a situação saiu do controlo, como conta Steve Pope, que atualmente ajuda 15 futebolistas profissionais e 30 semi-profissionais em Inglaterra.
"A situação está descontrolada. Quando o futebol parou, eles não tinham mais nada para fazer, os jogos tornaram-se atrativos. Os jogadores têm personalidades obsessivas e têm mais tempo livre do que ninguém para jogar. Mentalmente é destrutivo, é uma epidemia silenciosa que nunca recebe a atenção que precisa", admitiu o terapeuta.
Segundo o 'Daily Mail', vários clubes já entraram em contacto com a federação inglesa a pedir ajuda sobre este assunto.
"É preciso uma grande rede de apoio, que muitas vezes não existe. O problema não é levado a sério. Tirar o comando a um jovem de 20 anos, quando ele esteve fechado num padrão de jogo nas últimas 24 horas, é como tirar os restos de uma garrafa de whisky a um alcoólico", acrescentou.