A estimava de Bruxelas é mais otimista do que a do Ministério das Finanças, que no relatório subjacente à proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) prevê uma taxa de desemprego de 6% este ano.
Os técnicos de Bruxelas destacam que a taxa de desemprego caiu para 6,6% em 2021, apoiada pelas medidas de apoio ao emprego e a recuperação económica, tendo melhorado ainda mais para 5,6% em fevereiro 2022, atingindo a mais baixa em 20 anos.
Assinalam ainda que a taxa de emprego atingiu um máximo histórico no final de 2021 e início de 2022, ainda que as horas trabalhadas permaneçam abaixo do nível pré-pandemia.
Contudo, considera que à medida que as medidas de apoio ao emprego no âmbito da pandemia terminem no segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego deverá melhorar a um ritmo muito mais lento ao longo do horizonte de previsão.
Para a Comissão Europeia, a recuperação do turismo estrangeiro deverá ter maior impacto nas horas trabalhadas do que no emprego.
Bruxelas vê a taxa de emprego a fixar-se em 1% em 2022 e em 0,9% em 2023.