Quando o finalizou, em 1985, o economista que tinha sido embaixador em Bona, então capital da República Federal da Alemanha, entre 1975 e 1979, nunca imaginou que o País iria cair outra vez numa situação económica e financeira que levou o Fundo Monetário Internacional a aterrar em Lisboa em 1983.
Homem rigoroso, duro, mas ao mesmo tempo profundamente humanista, Ernâni Lopes dirigiu as negociações de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia. O seu trabalho começou em 1979 e culminou anos mais tarde, já como ministro das Finanças, com a assinatura do histórico acordo com Bruxelas.
Economista desde 1964, doutor em 1982, Ernâni Lopes tinha um linfoma desde 2006. A doença não o impediu de ter posições fortes e polémicas sobre a actual situação política e financeira do País.
Nasceu em 1942, morreu ontem aos 68 anos. O funeral realiza-se hoje para S. Martinho do Porto.