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Novas sanções da UE contra escalada russa no conflito

Comissão Europeia propõe oitavo pacote de medidas punitivas contra Moscovo.
Ricardo Ramos 29 de Setembro de 2022 às 08:19
Sanções visam punir referendos ilegais
Sanções visam punir referendos ilegais FOTO: ALEXEY PAVLISHAK/reuters
A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira um novo pacote de sanções punitivas contra a Rússia por causa da recente escalada do conflito na Ucrânia com os preparativos para a anexação dos territórios ocupados, a mobilização parcial de reservistas e a ameaça de utilização de armas nucleares.

“Na última semana, a Rússia escalou a invasão da Ucrânia para um novo nível, e estamos determinados a fazer com que o Kremlin pague um preço elevado por essa escalada”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao propor o novo pacote de sanções, que inclui a imposição de um tecto ao preço do petróleo russo, novas restrições à importação de produtos russos no valor de sete mil milhões de euros e a proibição de exportação de tecnologias-chave para o esforço de guerra russo, além da atualização da lista de indivíduos e entidades alvo de sanções para incluir pessoas ligadas à organização dos “referendos fraudulentos” nos territórios ocupados, ao setor de defesa e à difusão de propaganda russa.

O novo pacote de sanções - o oitavo desde o início da guerra - foi anunciado pela UE horas depois de as autoridades pró-russas dos territórios ocupados de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporíjia terem anunciado a vitória do ‘sim’ nos referendos sobre a junção daquelas regiões à Rússia e terem pedido formalmente a sua integração no território russo. Em Moscovo, um grande painel foi instalado na na Praça Vermelha com a frase: “Donetsk, Luhansk, Zaporíjia, Kherson - Rússia!”, e o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, saudou publicamente os futuros territórios russos: “Bem-vindos a casa”, escreveu no Twitter. A anexação poderá ser proposta por Putin já amanhã e consumada na próxima semana, diz a imprensa russa.

pormenores
Aliados dão nega à Rússia
A Sérvia e o Cazaquistão, países aliados da Rússia, garantiram ontem que não vão reconhecer os resultados dos referendos nos territórios ucranianos ocupados.

Ocupar todo o Donetsk
O Kremlin garantiu que a “operação militar especial” irá continuar até, pelo menos, à tomada de toda a região de Donetsk. “É o mínimo”, disse Dmitry Peskov.

Meloni garante apoio a Kiev
A futura primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, cuja coligação integra aliados de Putin, garantiu ontem a Volodymyr Zelensky que a Itália irá manter o seu “apoio leal à causa da liberdade do povo ucraniano”.

Kremlin nega sabotagem de gasodutos
O porta-voz do Kremlin considerou esta quarta-feira “estúpidas e absurdas” as acusações de que a Rússia está por detrás da sabotagem dos gasodutos Nord Stream I e II, que causou a libertação de milhares de toneladas de gás no Báltico. “Porque teríamos interesse nisso? Já perdemos muitas vias para abastecer a Europa. O gás está muito caro”, disse Dmitry Peskov, que acusou as empresas dos EUA que vendem gás à Europa de serem as “principais interessadas” na destruição dos gasodutos.

Portugal e EUA aconselham cidadãos a sair da Rússia para não serem mobilizados
O Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou esta quarta-feira todos os cidadãos portugueses que se encontrem na Rússia por motivos não essenciais a deixarem o país e alertou os cidadãos com dupla nacionalidade portuguesa e russa de que não poderão contar com proteção consular da embaixada portuguesa se forem mobilizados para combater na Ucrânia. O mesmo aviso foi emitido pelos Estados Unidos e por vários países europeus .
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