Três anos depois de a própria mãe ter encomendado a sua morte, com Alípio Cunha a ser atingido com dois tiros na cabeça, acabando por sobreviver, decidiu este também revelar a sua costela violenta: em pleno parque de estacionamento do Hospital Amadora-Sintra, a 22 de Setembro de 2009, sequestrou uma jovem enfermeira, que acabou por roubar e violar nas imediações daquela unidade, num crime que chocou o País.
O Ministério Público (MP) já formulou a acusação contra o homem que roubou e violou uma enfermeira do Hospital Amadora-Sintra, em Setembro do ano passado. Alípio Cunha, em prisão preventiva desde o dia 2 de Outubro, vai responder pelos crimes de roubo agravado, violação, detenção de arma proibida e falsificação de documento.
Alípio Cunha passou de vítima a agressor. Em Janeiro de 2006 a mãe contratou um casal de brasileiros para o matar no seu café. Levou dois tiros na cabeça, mas sobreviveu. Perdeu o café e ficou desempregado e sem dinheiro. Foi ele que ao final da noite de 22 de Setembro último violou, roubou e sequestrou uma enfermeira do Hospital Amadora-Sintra, apanhando-a no estacionamento quando ela saía do turno. Um crime brutal que chocou o País. Alípio foi detido anteontem pela PJ, em Torres Vedras, ainda na posse de um relógio e a carteira da vítima.
Foi muito doloroso partir para a guerra porque tinha casado há seis meses e o meu filho havia nascido há menos de um mês. A morte do sapador Almeida foi um dos dramas que mais me marcou
Uma mulher de 40 anos, com a ajuda de uma amiga, de 17, contratou um homem para matar o próprio filho, Alípio Cunha, de 23 anos – de quem queria uma casa deixada pelo ex-marido. O assassino contratado não conseguiu matar o jovem, mas os três foram detidos terça-feira pela PJ de Lisboa por tentativa de homicídio.
Alípio Cunha, 23 anos, nunca tinha visto aquele homem no seu café em Vale de Lobos, concelho de Sintra. Anteontem, deu por ele sentado numa mesa, sozinho, e pensou que estaria à espera de alguém. Serviu-o e sentou-se a ver televisão.