A primeira vítima, cuja identidade e local de proveniência são desconhecidos, terá morrido na noite de domingo, e a segunda, um jovem de 20 anos, residente em Namanhumbir, morreu na quarta-feira, ambos após o desabamento de uma mina escavada de forma clandestina, refere o documento da mineradora enviado esta sexta-feira à Lusa.
"Os dois casos foram imediatamente comunicados à polícia, que se deslocou ao local, com vista a averiguar a situação e proceder à remoção dos corpos dos mineiros ilegais, para posteriores procedimentos legais e investigação médica", acrescentou a MRM.
A mineradora alerta para os perigos da exploração ilegal e refere que o problema matou pelo menos 25 pessoas em 2020 na sua área de concessão, na maioria homens jovens de outros países ou de aldeias distantes.
"As práticas inseguras por parte dos mineiros ilegais, que são normalmente supervisionados ou coagidos por sindicatos de contrabando ilegal de pedras preciosas, financiados por comerciantes estrangeiros que operam na região, continuam a resultar na perda desnecessária de vidas", alertou a empresa.
A MRM possui 34 mil hectares de concessão para exploração de rubis em Cabo Delgado, no norte do país, e apresenta-se como a principal investidora na extração de rubis em Moçambique, sendo detida em 75% pela britânica Gemfields e em 25% pela moçambicana Mwiriti Limitada.