"Estima-se que cerca de uma tonelada e meia [de heroína] estava naquele barco", afirmou Domingos Jofane, falando à imprensa, à margem do Conselho Coordenador do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na quarta-feira.
Os tripulantes atearam fogo ao barco quando notaram a aproximação das autoridades moçambicanas e tentaram escapar.
Segundo Domingos Jofane, a polícia conseguiu deter 12 dos 15 cidadãos estrangeiros que seguiam na embarcação, sendo que os restantes são dados como desaparecidos.
A operação foi realizada pela Marinha de Guerra das Forças de Defesa e Segurança e pelo Serviço de Investigação Criminal.
Em setembro, o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) alertou que Moçambique se tornou um corredor de grandes volumes de substâncias ilícitas, principalmente, heroína, defendendo uma maior cooperação internacional para a prevenção desse mal.
"Após melhoria das capacidades de aplicação da lei marítima pela vizinha Tanzânia e no Quénia, apreensões recentes sugerem que um grande volume de produtos ilícitos está a ser agora traficado por Moçambique", declarou, na altura, César Guedes, representante do UNODC no país.
A costa moçambicana é cada vez mais usada como um corredor importante para a heroína proveniente do Afeganistão e em trânsito para outras regiões do mundo, segundo as Nações Unidas.