O Presidente russo, Vladimir Putin, terá escapado a uma tentativa de assassinato em março, pouco após o início da invasão da Ucrânia. Ao contrário de rumores anteriores, esta informação não foi divulgada por fontes anónimas na internet, mas pelo próprio chefe dos serviços de informações militares da Ucrânia, general Kyrylo Budanov, que diz não ter dúvidas sobre a sua veracidade.
"Houve uma tentativa para assassinar Putin. Esta informação não é pública. Foi uma tentativa falhada, mas aconteceu realmente. Foi há cerca de dois meses", disse Budanov ao site ‘Ukrainska Pravda’. A entrevista só será transmitida esta terça-feira na sua totalidade, mas, num curto vídeo de promoção esta segunda-feira divulgado, o chefe dos serviços de informações de Kiev insiste que o alegado atentado "ocorreu mesmo". "Repito, esta tentativa de assassinato não foi bem-sucedida", diz o general, que atribuiu o alegado ataque contra Putin a "pessoas do Cáucaso", sem adiantar pormenores.
Já na semana passada, em entrevista à Sky News, Budanov tinha afirmado que um golpe de Estado para remover Putin do poder "já está em curso" e que o líder russo está "gravemente doente" com um cancro. Questionado na altura se essas informações não seriam propaganda, Budanov foi perentório: "É o meu trabalho. Se eu não souber disso, quem sabe?".
O Kremlin não comentou a alegada tentativa de assassinato de Putin, tal como não faz comentários sobre os frequentes rumores relativos ao estado de saúde do Presidente. Ainda esta segunda-feira, voltaram a circular rumores insistentes de que Putin teria sido submetido recentemente a uma cirurgia por causa de um cancro. De acordo com a conta do Telegram ‘General SVR’, o Presidente russo, de 69 anos, terá sido operado no início da semana passada e a cirurgia foi bem-sucedida, mas sofreu problemas na recuperação na noite de sexta-feira e o seu estado de saúde piorou, embora tenha recuperado posteriormente. Durante esse período, a televisão russa terá mostrado imagens manipuladas e de arquivo para dar a ideia de que Putin mantinha a sua agenda normal.
Militar russo condenado a prisão perpétuaO militar russo Vadim Shishimarin foi esta segunda-feira condenado a prisão perpétua por matar a tiro um civil desarmado, no primeiro julgamento de crimes de guerra realizado na Ucrânia. Shishimarin, de 21 anos, admitiu em tribunal ter disparado contra Oleksandr Shelipov, de 62 anos, na aldeia de Chupakhivka, a 28 de fevereiro, e pediu perdão à viúva da vítima. O militar, que pertencia ao regimento de tanques, disse ter obedecido às ordens de um oficial superior, que lhe disse para matar o civil para não reportar a sua posição.
Militares de Azovstal vão ser julgadosOs militares ucranianos que se renderam na fábrica Azovstal vão ser julgados por um "tribunal internacional" na região separatista de Donetsk, disse o líder da região, Denis Pushilin.
Ataque aéreo russo matou 87 militaresPelo menos 87 militares ucranianos morreram num ataque aéreo russo contra um centro de treinos na cidade de Desna, na semana passada, no pior ataque contra as forças ucranianas.