"A situação é, acima de tudo, uma crise de proteção onde os abusos aos direitos humanos são diários, ficámos chocados com as histórias de abusos que ouvimos, muitos disseram que as casas foram roubadas, destruídas e depois incendiadas, os pais não podem mandar as crianças para a escola e o nível de insegurança está a ter um impacto perigoso a nível psicológico, com as pessoas a temer ser atacadas a qualquer momento", disse o diretor do Gabinete Regional para a África Austral do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
As declarações de Valentim Tapsoba foram feitas esta manhã numa conferência de imprensa virtual que juntou os diretores regionais de várias agências internacionais que visitaram a região nas últimas semanas, e pintam um cenário sombrio na região mais a norte de Moçambique, afetada por três anos de violência.