"Não há dúvida que o incêndio foi fogo posto", disse à AFP o diretor regional da TDF Sud-Est, Patrice Bargas, evocando "vestígios de arrombamentos".
O incêndio deflagrou na segunda-feira à noite na sala de emissão e espalhou-se por cabos, disseram os bombeiros locais, citando a possibilidade de uma "intrusão" e de um "ato malicioso". Entretanto, foi aberta uma investigação pelo Ministério Público de Aix-en-Provence.
Após o incêndio, a emissão de 25 canais de TDT (Televisão Digital Terrestre) de um total de 30, e 19 estações de rádio FM, foi interrompida num grande bairro do sudeste do território, disse a TDF.
Os canais TF1, LCP public-senate, TFX, Energie 12 e TMC continuaram.
A plataforma, cuja fachada apresentava vestígios negros de fumo e chamas, de acordo com registos fotográficos, alberga também antenas de retransmissão de telemóveis.
Os clientes das operadoras Bouygues Télécom, Orange, Free e SFR foram afetados, embora em menor dimensão.
Só a antena de televisão e rádio cobre 2,6 milhões de habitantes e alimenta outros transmissores na região, afetando uma população ainda maior.
"Este é um dos nossos locais mais importantes, um centro nervoso, com uma grande área de cobertura devido à sua alta posição", disse Patrice Bargas.
Instalada em 1954 no topo de uma montanha rodeada de trilhos para caminhadas, a uma altitude de 600 metros, a plataforma é a mais importante do sudeste e a segunda maior da França.
Nos últimos meses foram queimadas em França várias antenas de retransmissão destinadas a 5G, ações frequentemente levadas a cabo por ativistas ultra-esquerdistas ou opositores de 5G.