Gabrielle Cordeiro Trofa, de 24 anos, é aluna do 5º ano de Medicina da Universidade de São Paulo, no Brasil e, durante três meses, trabalhou nos cuidados paliativos para pacientes terminais infetados.
A jovem relatou, ao jornal brasileiro
Globo, algumas das histórias vividas durante o tempo que passou a cuidar destes doentes.
Uma delas era de uma paciente com graves sintomas de Covid-19. Tinha 50 anos e não podia receber visitas do filho adolescente. Havia a possibilidade de fazer videochamadas, mas o jovem não queria por receio de ver a mãe assim, avança o jornal.
Porém, o agravamento do quadro clínico da doente, levou o adolescente a escrever uma carta de despedida. Foi Grabrielle que leu essa mesma carta.
"Eu li a carta para ela, e foi bastante difícil para mim também. Foi muito triste. Ele se despedia da mãe, dizia o quanto ela era importante e pedia desculpas por coisas que ele tinha feito. Ela estava de olhos fechados, mas, quando terminei de ler, ela abriu os olhos. Foi um daqueles momentos que a gente não consegue explicar", conta.
A jovem explica que a convivência diária com a morte " foi uma experiência muito intensa e impactante".
"Vivemos momentos que vamos nos lembrar para o resto da vida. Também foi um período muito importante para nossa formação como profissionais de saúde", conclui Gabrielle.