Morreu esta sexta-feira o general Soleimani num ataque ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas quem era este homem conhecido como o segundo homem mais poderoso do Irão e indicado como futuro presidente?
Qassem Soleimani era o comandante da força de elite iraniana Al-Quds - responsável pelas operações da Guarda Revolucionária no estrangeiro e considerada uma organização terrorista pelos EUA - e desempenhou um papel crucial nas negociações políticas sobre a formação de um Governo no Iraque. Com 62 anos, era visto como um herói, sendo o favorito à presidência do Irão, apesar de ter sempre rejeitado uma possível candidatura às presidenciais de 2021.
Tanto para quem era seu apoiante como para os inimigos, a opinião é unânime: Soleimani desempenhou um importante papel na luta contra as forças radicais tendo conquistado o alargamento da influência iraniana no Médio Oriente e reforçado o peso diplomático de Teerão no Iraque e na Síria, dois países onde os Estados Unidos estão militarmente focados.
Segundo o New York Times, o ataque de que o comandante foi alvo recorreu a uma combinação de informações altamente classificadas de denunciantes, interceptações eletrónicas, aeronaves de reconhecimento e outras técnicas de vigilância.
Proteger as vidas dos norte-americanos foi a justificação dada pelo Departamento de Defesa dos EUA. "O general Soleimani estava a desenvolver de forma ativa planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região", disse o comunicado do Pentágono.