Numa tentativa de reduzir ao mínimo possível os tradicionais ajuntamentos de Reveillon na sua orla devido ao aumento de casos de Covid-19 e a um inesperado surto de gripe influenza, a cidade do Rio de Janeiro suspendeu ou alterou vários modais de transporte esta sexta-feira, último dia do ano. Com o mesmo objectivo, a tradicional queima de fogos de artifício também foi dividida por vários bairros, tentanto evitar que os moradores dessas regiões se desloquem para Copacabana, onde a cada ano, em tempos normais, costumavam concentrar-se mais de dois milhões de pessoas, brasileiros e turistas do mundo inteiro.
Bloqueios ao tráfego começaram a ser feitos ainda esta quinta-feira em toda a orla sul do Rio de Janeiro, onde ficam os bairros mais nobres, as praias mais famosas e os hotéis mais conceituados. A partir das 20 horas locais desta sexta, 23 horas em Lisboa, as composições do Metropolitano deixarão de parar nas estações que servem o bairro e a praia de Copacabana, dificultando o acesso de quem vem de outros bairros.
Os autocarros de passageiros que têm a paragem final em Copacabana ou passam por este bairro tiveram os seus percursos alterados, para não passarem nem perto. Nas estradas que dão acesso à cidade, desde cedo bloqueios impedem a entrada no Rio de Janeiro de autocarros de turismo provenientes de outras cidades e de outros estados.
Também não haverá palcos com shows ao vivo nas areias de Copacabana, que atraem grandes multidões, mas quem, mesmo com todos os alertas e os riscos devido aos vírus que circulam na cidade insistir em ir até à famosa praia, não vai ficar sem diversão. Foram instaladas 25 grandes torres de som, que tocarão músicas diversas das 20 horas de hoje à 1 da manhã de amanhã, primeiro dia de 2022, sob curadoria do DJ MAM.
O Prefeito (autarca) do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, tinha anunciado a suspensão total dos eventos devido ao aumento da circulação da nova variante do Coronavírus, a Ómicron, mas voltou atrás e permitiu o Reveillon, mas com restrições. A avaliação de conselheiros técnicos da municipalidade é que não haveria como evitar que as pessoas se concentrassem para passar a meia-noite em festa, então o melhor era criar um mínimo de estructura e dividir os pontos de concentração para reduzir quanto possível os riscos, que não foram considerados muito elevados por os festejos ocorrerem ao ar livre.