A sequência de trinta debates em 15 dias foi uma espécie de laboratório eleitoral. Está por validar a tese de que contribuiu para esclarecer os indecisos.
Mas alguma espécie de balanço se pode fazer. Primeiro, dos temas. A inicial obsessão pelos cenários pós-eleitorais deu lugar ao confronto de ideias.
Infelizmente, isso só aconteceu na parte final. É estranho reparar como a pandemia e a resposta da Saúde à Covid foram dois assuntos relegados para um plano secundário. Isso dá jeito a Costa, e ninguém o contrariou. Ao contrário, Economia e Justiça ganharam total centralidade.
Talvez uma análise sistemática de conteúdo chegue à conclusão de que os temas predominantes foram os impostos, o crescimento económico e o futuro da TAP. O registo mais incompreensível é a total ausência de debate sobre o que fazer aos dinheiros da bazuca.