Nos últimos dias têm-se avolumado as pressões para que Zelensky aceite fazer a paz, abdicando de território e reconhecendo o ‘status quo’ alcançado pelos russos no terreno, nomeadamente com a ocupação da Crimeia.
Não é preciso estar muito atento para entender que essas vozes a propor tréguas, mesmo que impliquem cedências ucranianas, se vão acentuar.
O dilema moral dos próximos tempos é simples: vale a pena ceder a Putin, arriscando que ele entenda isso como um convite para atacar outros países, como fez no passado Hitler? Ou será preferível manter a guerra, visto que, aparentemente, há uma real oportunidade de derrotar os russos e de colocar um travão permanente à ambição criminosa do autocrata de Moscovo?
O dilema moral vai acentuar-se à medida que a crise económica e alimentar mundial se vá intensificando.