A introdução do vídeo-árbitro (VAR) na Liga é um dos acontecimentos mais marcantes do futebol português. A FPF, que vai custear este primeiro ano de experiência-piloto, tinha-se posicionado na dianteira para que o nosso campeonato fosse uma espécie de "cobaia", entre outros candidatos.
A vantagem de sermos uma liga pequena e periférica, além da magistratura de influência protagonizada pelo presidente federativo Fernando Gomes e o seu braço- -direito Tiago Craveiro, abriu portas à modernidade e antecipou um momento que se ansiava mas que se presumia ainda distante.
É pois já na próxima época que muitas das polémicas do nosso futebol terão este crivo da tecnologia que permitirá evitá-las ou no mínimo atenuá-las.
Mas é preciso ter em consideração dois fatores: haverá sempre lances que vão escapar ao escrutínio do VAR e nunca deixará de existir um caráter subjetivo na análise de alguns lances.
O próximo campeonato será seguramente mais "justo", acima de tudo para os árbitros, que nos últimos tempos têm competido contra a televisão.
A partir de agora, os meios tecnológicos serão aliados preciosos dos árbitros no sentido de cometerem menos erros e de deixarem de ser apontados como responsáveis pelos insucessos dos clubes.
É bom que saibamos aproveitar esta oportunidade excecional conquistada pelo crédito e credibilidade de uma federação que, definitivamente, está a dar meios e condições para que o futebol português possa evoluir.