Em tempos normais, a Páscoa destas paragens seria luminosa como a Primavera recentemente inaugurada – tirando os pólenes, que irritam Dona Elaine (a governanta deste eremitério de Moledo), e o cieiro, que indispõe os crepúsculos com a sua ameaça.
Porém, este ano, o silêncio desabou sobre os pinhais como uma espécie de catástrofe.
Longe dos conflitos entre filosofias e ciências, Dona Elaine não acompanha os comentários sobre estatísticas, modelos matemáticos e previsões televisivas, limitando-se a pensar que a epidemia é um desafio lançado pelo destino e que alguma coisa nós fizemos para ela ter chegado a Moledo. E aqui estamos os dois e ...