Passada a euforia da inauguração, avaliemos o novo MAAT. A falta de conteúdo do museu inacabado desmobilizou em três tempos as multidões iniciais. Será difícil repetir o entusiasmo dos primeiros dias.
Falemos, também, do edifício, que já lá está, e ameaça ficar: criador de sombras e redutor de horizontes, parece desenhado por quem não conhece a alma de Lisboa, nem gosta da sua luz esplendorosa.
O MAAT criou nova barreira entre a cidade e o rio: à beira-Tejo, perde-se a paisagem urbana, e ao contrário haverá o mesmo divórcio insanável. Não tenhamos medo das palavras, porque a cidade é nossa: em bom português, nasceu mais um mamarracho.