Erro meu. A pedofilia e a homossexualidade são hoje tão comuns na Igreja como em tempos o foram casos como o narrado no ‘Crime do Padre Amaro’, de Eça de Queiroz.
A Igreja debate há décadas o casamento dos padres e quando decidir vai ser tarde. Foi isso que o padre polaco Krzysztof Olaf Charamsa sublinhou. Saiu do armário e assumiu-se homossexual praticante antes do Sínodo da Família, para lembrar aos distraídos que o casamento dos padres tem hoje de incluir as uniões gay, sob pena de a Igreja continuar alheada da realidade.
Mas se é de louvar a Charamsa que tenha mostrado o que tantos ocultam, a verdade é que assumiu uma contradição que o deveria levar a pendurar a sotaina. Não só violou o dever de castidade, como reduziu a nada o cargo que exercia na Congregação para a Doutrina da Fé, dedicada, justamente, a defender a doutrina da Igreja.
Ser ou não ser, eis a questão a que o padre Charamsa respondeu com a ambivalência de um sim ao sexo e um não à ortodoxia da Igreja.