Passou a troika e os bancos portugueses ainda andam a limpar o balanço e a vender activos para se reequilibrarem.
Se tivessem feito tudo de uma vez, logo em 2012, à boa maneira americana, hoje podíamos ter menos empresas fantasma.
A banca poderia ter contribuído mais para a reestruturação rápida da economia se tivesse registado como perdas, mais rapidamente, créditos a empresas que estão manifestamente falidas. A família Espírito Santo cometeu esse erro com as empresas do grupo, mas também com outras, e acabou por arrastar o banco para a falência. E por destruir algumas empresas viáveis, como a Rioforte, por querer salvar todas.
Hoje ainda há nos balanços dos bancos crédito a empresas inviáveis. São empresas falidas que usam recursos que, utilizados de outra forma, contribuíam mais para o crescimento da economia. Com isso, os bancos querem evitar mostrar ainda mais prejuízos. Mas com essa estratégia vão tendo de sacrificar o crescimento, o seu, como o caso do BCP, que teve de reduzir a sua posição na Polónia, e o do país.