Gosto de ver futebol. Por herança paterna, sou adepto do FC Porto. E escrevo antes do fatal dérbi porque, honestamente, estou-me nas tintas para o jogo. Fui perdendo o entusiasmo pela coisa ao mesmo tempo que o futebol se transformou noutra coisa: um vespeiro de ódio e violência que começa nos dirigentes, passa para as claques e contamina o único momento que me interessa: o jogo. Sem falar dos comentadores televisivos que, com cartilha ou sem ela, dão uma ajuda para envenenar as tropas. Agora, parece que até houve um adepto do Sporting mortalmente atropelado por um jihadista qualquer. Edificante.
Por mim, podem continuar à vontade. Até porque descobri uma boa forma de compensar a privação: ver filmes de gangsters no remanso do lar. Os diálogos são melhores, os personagens são adoráveis e o sangue que dali sai é um truque que se limpa depressa.
Ver comentários