Todos ficamos preocupados com as notícias relativas aos nossos jovens finalistas em Espanha. Todos temos um sentido sobressalto com a morte de dezenas de pessoas nos horríveis atentados.
Todos ficamos chocados quando, com a queda de um avião, morrem 500 pessoas. E em Portugal? Segundo a Direção-Geral da Saúde, só nos meses de novembro (9147) e dezembro (11 914) de 2016 morreram em Portugal 21061 pessoas!
Ou seja, em Portugal e em dois meses ‘caíram 42 aviões’ de 500 passageiros! Ninguém se sobressalta ou fica chocado? Alguns referem que este aumento de mortes se deve ao envelhecimento! Mas os idosos começaram a decidir morrer antes do tempo esperado? Sendo certo que encerra muito maior vulnerabilidade, o envelhecimento não é doença!
Todos sabemos os efeitos da combinação do frio, síndromes gripais, idosos com multipatologias e baixas condições de vida. Mas o conhecimento que hoje existe torna possível prever e planear respostas para prevenir mortes evitáveis.
Planeamento estratégico, visão sistémica, sistemas/comunidades locais de saúde, promoção e saúde em todas as políticas enquadram qualquer resposta-chave. Respostas de proximidade, com mais enfermeiros, é fundamental.