Afinal, contrariamente ao muito propagandeado, o povo não elege primeiros-ministros nem governos. Através dos partidos elege deputados. E estes, na Assembleia da República, todos contam e todos têm igual legitimidade para, no âmbito das suas competências, decidirem.
Votar para e na queda do atual Governo foi, também, uma intervenção promotora de saúde: respira-se alívio e poupar-se-ão milhares de euros em ansiolíticos e antidepressivos. Vários estudos evidenciam que os níveis de saúde das pessoas estão intimamente associados, entre outros fatores, aos seus níveis socioeconómicos. Lendo os públicos acordos estabelecidos entre o Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Ecologista Os Verdes, parece que, possivelmente, e entre outros aspetos, pobres e remediados poderão viver um bocadinho melhor.
Para uma "saúde de ferro" não basta eliminar a doença ou aumentar um bocadinho o rendimento disponível. É preciso mais. Muito mais. Vamos ter de continuar a lutar, pela nossa saúde.