A semana foi triste para a poesia, com as mortes de Herberto Helder e Tomas Tranströmer. O sueco foi Nobel da Literatura em 2011, enquanto o português foi apenas um de dois candidatos indicados pelo PEN Clube em 2007. Nunca saberemos se faria a desfeita à Academia Sueca, como antes fizera ao júri do Prémio Pessoa.
À revelia da vontade de Herberto Helder decorreu a invasão das redes sociais pelos seus versos, após o anúncio do óbito. Suplantaram na terça-feira as fotos de gatos, vídeos insólitos e polémicas clubísticas e ideológicas, ainda que seja questionável se muitos tinham a obra do poeta na ponta da língua ou na janela de pesquisa do Google.
Em qualquer caso, é triste que um homem tenha de morrer para que haja partilhas de poesia no Facebook.