O congresso do PS não era para ter sido isto.
O congresso do PS não era para ter sido isto. Era para ter sido o momento de aclamação do próximo primeiro-ministro. A prisão de José Sócrates mudou tudo. Costa conseguiu disciplinar os congressistas a não rebentarem a granada durante o evento. Mas ficou com ela nas mãos para o futuro, até porque trouxe para o secretariado nacional um grupinho de "socratistas", ou algo próximos disso. E esse é o facto mais relevante do congresso.
Quanto ao resto, nada. Como o congresso estava para ser um passeio, Costa escusou-se a alinhavar sequer um programa político, para lá da lindíssima "Agenda para Década", uma coleção de futilidades à volta da "Cultura", da "Educação" ou da "Lusofonia" (tudo com maiúscula). Já no que toca à austeridade, à renegociação da dívida, à Europa e ao euro é o vazio. Mas é aí que vai estar o seu (e o nosso) futuro.
No fim, para mostrar que é homem, pediu "maioria absoluta". Mas como é que a espera obter exatamente? E já agora, para quê?