Transferir despesa do Orçamento do Estado para fundos comunitários é arte que o governo tem vindo a desenvolver com o objetivo de aliviar o financiamento público da Educação.
Se tivermos em conta que estes fundos se destinam a investimento, a efetuar no âmbito de projetos financiados pela União Europeia, percebemos que alguma coisa de estranho se passa quando verificamos que os fundos estão a pagar despesas permanentes, tal como salários de docentes e de outros trabalhadores que, sujeitos às regras daquele financiamento, ficam meses a trabalhar sem receber.
Para além disso, como a União Europeia não é uma entidade filantrópica, impõe elegibilidades, logo, decide o que financia, e o governo, desejando encher os cofres para entregar o ouro ao bandido, aceita e molda o sistema educativo ao jeito do que lhe é imposto.
Perde personalidade o governo, perde soberania o País e correm perigo os portugueses que, não tarda, serão apenas mão de obra barata de que se servirão aqueles que investiram na desqualificação.