Esta semana decorre em Lisboa o eHealth Summit, organizado pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. O uso de novas tecnologias em saúde, designadamente a informatização e digitalização dos sistemas de saúde, está a ser implementado um pouco por todo o mundo.
Portugal, ao nível da informatização e desmaterialização de processos e procedimentos está seguramente na linha da frente. Com vantagens e inconvenientes.
Apesar das vantagens, nomeadamente ao nível da concentração e partilha de informação, os inconvenientes decorrem basicamente de três fatores.
As aplicações informáticas são colocadas no mercado de trabalho sem serem devidamente testadas e integradas, o que constitui uma dor de cabeça para os médicos, na medida em que consome mais tempo e uma parte substancial do tempo da relação médico-doente.
A proteção de dados pessoais está a ficar mais frágil.
E, a relação médico-doente está a ser claramente prejudicada pela excessiva informatização de todo o sistema.
É nossa obrigação ética defender a humanização da Medicina. E pugnar para que existam regras objetivas na introdução das novas tecnologias em saúde que garantam a dignidade humana na Nova Medicina.