Os protagonistas do diálogo são Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, e Wolfgang Schäuble, homólogo alemão.
Os protagonistas do diálogo são Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, e Wolfgang Schäuble, homólogo alemão. Conversa imaginária entre os dois políticos numa qualquer reunião do Eurogrupo. Mas será tão fictícia assim?
Maria Luís – "Amigo, posso tratá-lo assim, não é verdade, tem mesmo de ter mão firme naquela malta grega. Já viu os problemas que nos podem trazer? Se em Portugal perceberem que existem alternativas à forma de pagamento da dívida, vai ser uma carga de trabalhos."
Schäuble – "Esteja descansada. A nós também não nos interessam nada ondas de choque. São perigosas, porque levam as pessoas a pensar. E a Maria sabe que quando as pessoas param para pensar podem arranjar problemas. E também não preciso de lhe dizer o quanto o meu país já ganhou com estes empréstimos."
ML – "Claro, claro, e nós vamos ter eleições. O meu governo tem de passar a mensagem de que depois de nós, o dilúvio. Se vocês cederem e a Grécia se safar, é a nossa morte política. Não é necessário recordar-lhe como temos feito tudo aquilo que nos mandam. Contamos consigo, não nos deixe ficar mal."