O início do ano letivo tem-se revelado um parto muito difícil e complexo, sempre com origem no mesmo problema: a colocação de professores.
Desde logo, não se compreende que não haja uma data para o regresso às aulas.
Podia ser 6, 12 ou 20. Mas não. Começa agora e termina uns dias depois, vá lá saber-se porquê. É o mesmo que marcar uma consulta e ouvir: "Está marcada, caro senhor, fica para amanhã, mas nada garante que não seja atendido só lá para o final da semana".
Este ano não foge à regra. Arranca a 8, mas vai até 13. E já ninguém estranhará se a 16 ou 24 esta ou aquela turma não tiver este ou aquele professor.
Penso que ainda ninguém de deu ao trabalho de perceber o que se faz lá fora (nós, definitivamente, não somos capazes) e copiar o modelo, evitando este folclore desnecessário e prejudicial para alunos, pais e professores.
O ensino é um alicerce vital na estrutura de qualquer sociedade, mas continua a não merecer a atenção devida.
O início do ano letivo é apenas um exemplo das inúmeras lacunas que a escola não consegue resolver.
Depois não se admirem que as novas gerações sejam isto ou aquilo. Nós é que as fizemos assim.