Em maio, em declarações públicas, manifestei a disponibilidade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para se encarregar da organização do acolhimento de metade do número de refugiados que estava previsto vir para Portugal. Nessa ocasião, o silêncio foi generalizado, pareceu-me haver até alguma estupefação e, aqui e ali, ouvi alguns sussurros críticos à posição anunciada.
O tempo foi passando, a crise foi-se agravando até níveis dramáticos e, depois de vários silêncios ou atrocidades contidas em discursos de alguns dirigentes europeus, começaram a ouvir-se vozes de generosidade. Só que, como por vezes acontece, pode- -se passar do oito ao 80 e, de repente, de uma quase ausência passamos para a sobreposição e confusão de iniciativas, disponibilidades e vontades.
A Santa Casa tem um protocolo assinado, desde 2012, com o Instituto da Segurança Social, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Instituto do Emprego e Formação Profissional e o Conselho Português para os Refugiados, nos termos do qual lhe cabe a responsabilidade desse acolhimento em Lisboa. Esse protocolo não inclui autarquias, mas considero que são muito importantes em todo este processo. Por isso, saúdo a iniciativa do presidente da Câmara Municipal, Fernando Medina, até pelo importante apoio financeiro disponibilizado para esta causa.
O necessário agora é que, sob coordenação do Governo, haja uma boa divisão de tarefas e que todos sejam capazes de dispensar protagonismos e manifestações gratuitas de exercício de poderes ou de poder que pouco ou nada interessam face aos contornos deste processo. Nos vários níveis de intervenção, desde a decisão politica até aos voluntários no terreno, importa que não se desperdicem recursos, nem energias, e que as comunidades dos diferentes estados transformem esta crise numa oportunidade de dinamização social e de enriquecimento interior, pelo apoio dado a tantas famílias, com tantos adultos e tantas crianças que muito vão precisar de uma casa, de uma escola, de uma cantina, de um centro médico, de roupa, de brinquedos e, também, muito de atenção e carinho.
Lisboa na rua anima a capitalA iniciativa da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural – leva às ruas de Lisboa uma programação cultural muito diversificada, de acesso gratuito, e que está a animar o fim de verão da capital.
Desde concertos de jazz, bandas francesas a tocarem em coretos, fado no Largo de São Carlos ou cinema em sítios inesperados, como a Ribeira das Naus ou o Terreiro das Missas, a oferta é vasta e para todos os gostos e idades. Até ao próximo dia 20 de setembro, está nas ruas lisboetas.
Mercado à partePortugal foi o 6º país a movimentar mais dinheiro no mercado de transferências. O futebol é mesmo um caso à parte. Os clubes movimentaram 313 milhões, 70 milhões em compras e 243 milhões em vendas, sendo o FC Porto o mais ativo. No último dia do mercado, havia muita especulação, mas apenas o Porto se reforçou. Sporting e Benfica conseguiram manter os principais jogadores, como William e Gaitán. Temos campeonato!
Da medalha de Évora à crise de refugiados
Lua cheia
Angela Merkel: A chanceler alemã continua a ser a única entre os principais líderes europeus a tomar posições firmes na questão dos refugiados.
Quarto crescenteNelson Évora: O atleta do triplo salto, que conquistou o bronze em Pequim, mostrou que está vivo, contrariando as críticas de que foi alvo antes da competição.
Quarto minguanteVladimir Putin: Os EUA alargaram as sanções às empresas russas. Da Rússia chegam notícias de toneladas de alimentos destruídos como retaliação. Situação insustentável.
Lua novaJean-Claude Juncker: O presidente da Comissão tem de agir numa situação de crise como esta. A apatia de Jean-Claude Juncker nesta matéria não pode continuar.