Os próximos dias são decisivos para o futuro da Venezuela.
É já este domingo que se realizam as contestadas eleições para a Assembleia Constituinte, o ‘coelho’ que Maduro tirou da cartola para reescrever a Constituição, acabar com o pouco poder que resta ao Parlamento controlado pela oposição e perpetuar um regime que levou o país à falência económica, social e democrática.
Quatro meses e mais de uma centena de mortos depois, a oposição não desarma e promete paralisar o país a partir de hoje e "tomar Caracas" num gigantesco protesto contra aquilo que considera como um golpe de Estado levado a cabo pelo presidente.
A tensão está ao rubro e teme-se uma nova explosão de violência entre civis desesperados que já pouco mais têm a perder e um regime que teimosamente insiste em agarrar-se ao poder por todos os meios possíveis.
Maduro pode até conseguir levar a sua avante e eleger uma assembleia fiel aos seus caprichos, mas é cada vez mais um líder isolado, tanto na Venezuela como no exterior.
Resta saber quanto tempo aguentará no poder até acabar por cair como tantos outros ditadores.