TAP resolveu suprimir as ligações diretas para quatro cidades europeias, nos voos que partiam do Aeroporto de Braga (Francisco Sá Carneiro).
Perdoem-me a usurpação mas sempre me habituei a tomar por meu um aeroporto que dista menos de Braga do que a generalidade dos aeroportos do centro de qualquer cidade europeia. E creio que, mesmo mais distantes, o mesmo sentimento é partilhado pela generalidade dos habitantes de todo o Noroeste Peninsular.
A opção da transportadora aérea é legítima, tratando-se de uma entidade privada, mas nem sequer é incoerente com outras desconsiderações para com esta Euro-Região que a "TAP pública" cometera ao longo dos anos.
Associar esta decisão ao meritório e necessário processo de privatização é mero oportunismo.
A opção da TAP é prejudicial para os cidadãos e para as empresas do Norte. Qualquer redução de oferta para cidades como Barcelona, Roma, Bruxelas ou Milão o seria, e comparar tal decisão com a supressão de voos de Lisboa para Hannover ou Zagreb é cair no ridículo.
Mas a decisão da TAP é honesta. Nestes percursos, há quem faça melhor e mais barato. E onde não há, vai haver. Não é assim que nos cortam as asas.