Theresa May, a Primeira-Ministra do Reino Unido, terá produzido na passada terça-feira a sua mais impactante intervenção desde que assumiu o cargo, em meados de julho do ano passado.
Por entre as incertezas que marcavam o processo de concretização do BREXIT, May apresentou ideias claras e uma forte determinação para o processo negocial a encetar com a União Europeia.
Além de fixar 2019 como prazo para a conclusão de tais negociações, confirmou a saída do Mercado Único e o estabelecimento de políticas imigratórias restritivas, além de garantir o faseamento alargado da transição para o setor financeiro.
Independentemente da reação que tais pretensões possam ter dos responsáveis Europeus (a quem May avisou que as derivas punitivas em relação ao Reino Unido teriam danos próprios), é impossível escamotear esta realidade e suas consequências.
Fez muito bem o Governo em enviar a Londres e Manchester uma delegação alargada de Secretários de Estado para abordar o tema com a vasta comunidade lusa aí radicada.
E estou certo que muitos mais agentes farão o que Braga fez também esta semana: ir ao Reino Unido posicionar-se como destino para relocalização de empresas no pós-Brexit.