Luciano Gonçalves, presidente da associação de árbitros (APAF), pediu bilhetes – a pagar, claro –ao Benfica para uma instituição lá da terra. Recentemente, ouviu Luís Filipe Vieira questionar o facto de alguns árbitros (da novela dos emails) não apitarem as águias. Ouviu e calou-se.
Mantém-se, alegremente, no cargo. Miguel Lucas Pires era árbitro do Tribunal Arbitral do Desporto até se saber que pedira bilhetes – a pagar, claro – a Fernando Seara para a Luz. Renunciou. Teve bom senso – percebeu que não se autorregulou. Gião Falcato, declarado encartado leão, pelo menos até à hora que escrevo, ainda é juiz daquele tribunal.
Acredito, é tão sério quanto Lucas Pires, mas também se colocou a jeito – alardeia, nas redes sociais, o seu sportinguismo. Não se autorregula. Augusto Baganha, que integrou a comissão de honra de Bruno de Carvalho nas eleições leoninas, continua a presidir ao Instituto do Desporto.
Há dias, fez afirmações patéticas e graves sobre as claques – não organizadas, claro – do Benfica. O presidente do Sporting, desta vez com razão, ‘afundou-o’. Horácio Piriquito andou a mandar emails para o ex-diretor de conteúdos da BTV e foi acusado de "violação de segredo" pela Federação. Demitiu-se, como lhe competia.
Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem, diz que o futebol não está preparado para a transparência. Pois não. Os dirigentes não têm a sensatez de perceber que não há bilhetes de borla nem emails grátis.