As gravações das reuniões da cúpula da família Espírito Santo continuam a desvendar um Portugal que se sabia existir, mas nunca antes tinha sido revelado de forma tão genuína.
Depois de Carlos Moedas, José Veiga, o empresário que dominou o futebol português até Jorge Mendes, aparece referido nas conversas: o antigo diretor geral da SAD do Benfica teria 20 milhões para investir, além de outras centenas de milhões em nome da República do Congo e da Guiné Equatorial.
A notícia do CM seria só mais um exemplo da relação do BES com muitos dos que ajudou a enriquecer, não fosse este jornal ter cruzado as conversas com a lista de devedores do Fisco. José Veiga integra-a e, de acordo com uma pesquisa básica no Google, é presença antiga. Veiga e as Finanças são protagonistas de um western desde a passagem do milénio. De um lado o fisco dispara dívidas de milhões de euros contra o empresário; do outro, Veiga defende-se e vai escapando, graças a prescrições e afins.
Mais um exemplo da impunidade como um dos maiores problemas da nossa sociedade.