Os partidos políticos portugueses estão no ‘top 5’ dos que mais rendimentos têm em toda a Europa. O maior estudo alguma vez feito sobre o tema analisou 122 partidos, de 19 países, e concluiu que só espanhóis e checos recebem mais dinheiro público face ao PIB. Os cortes aplicados em 2013 – 10% no financiamento estatal e 20% nas campanhas eleitorais – atenuaram a despesa pública. Mas agora, socialistas e sociais-democratas, estão empenhados em voltar a aumentá-la em causa própria. PS e PSD querem tirar dos impostos dos portugueses para as suas contas.
Os partidos mais pequenos estão contra. Marcelo Rebelo de Sousa, que fez uma campanha por 1/10 do antecessor, já pediu moderação. Mas PS e PSD estão determinados em explorar a tendência: "O declínio do número de militantes, mas um reforço dos recurso financeiros e dos funcionários pagos nos partidos." As justificações são reveladoras. O PSD chama-lhe ‘populismo’ e o PS fala em ‘normalidade democrática’.
O próprio primeiro-ministro, António Costa, diz que "o custo da democracia não é um peso" e que esta "não pode viver sem os partidos". Será mesmo? Certo é que, afinal, PS e PSD conseguem fazer pactos de regime... Os que faltam na Justiça, na Educação, na política fiscal.