Há sempre uma primeira fila lotada por jovens ousadas que não hesitam em exibir quase tudo o que têm.
Ele é um tipo extremamente bem parecido e, consequentemente, bem sucedido com as mulheres. O seu trabalho na universidade, enquanto jovem professor, não podia ser mais oportuno, dado que as suas aulas, onde pontificam dezenas de raparigas desejosas por lhe agradar, oferecem-lhe um mundo de possibilidades nesse campo. Com efeito, nas aulas dele há sempre uma primeira fila lotada por jovens ousadas que não hesitam em exibir quase tudo o que têm para mostrar.
Usam saias curtas, seguras da perfeição dos seus corpos e conhecedoras do desnorte que a visão das suas pernas pode provocar num homem. Não obstante, ele é mestre a simular uma indiferença total e, enquanto debita a lição com graça e sabedoria, passeia-se para diante e para trás ao longo da plateia que o escuta e nem por uma vez se fixa num único par de pernas, nem sequer naquelas bem torneadas pelos colãs escuros que se insinuam por baixo de uma saia de colegial.
Justamente, a rapariga de franja e saia de colegial bate-lhe à porta do gabinete após a aula, quando ele se prepara para corrigir testes. Mete a cabeça para dentro, pedindo licença para entrar, e só depois surge em todo o seu esplendor, como se o corpo dela seguisse aquele rosto iluminado com um grande sorriso. Senta-se à frente dele, no outro lado da secretária, abre o livro da disciplina numa determinada página, coloca-o entre os dois e debruça-se por cima da mesa para lhe indicar uma matéria que não entende.