Numa emissão em directo, ‘O Preço Certo’ assinalou o programa dois mil, com direito ao regresso de Cristina e soltando Miguel Vital do eterno poleiro, dando-lhe um merecido espaço para voar.
Não houve outras novidades, apenas música e convidados numa festa que levou ao rubro o público que encheu o pavilhão de Viseu, e que constituiu também uma homenagem aos ‘construtores’ de um caso sério de popularidade. O resultado foram os 823 mil espectadores que Fernando Mendes e companhia deram à RTP, como se nove anos no acesso ao horário nobre não tenham provocado desgaste.
É verdade que o concurso beneficia da catastrófica situação que a incompetência política impôs aos portugueses, fartos de tanto abuso, tanta inépcia, tanta crise. E como ver um telejornal se tornou quase um acto de masoquismo, os programas de divertimento permitem fazer esquecer, por momentos que seja, as desgraças da vida, funcionando como escape para o sofrimento.
‘O Preço Certo’ transporta com ele a boa-fé: a vontade de sobrepor a alegria à frustração. Como se poderia rejeitá-lo?