Ao contrário dos debates, em que surgiram propostas novas e outras sem sentido nenhum, a primeira semana de campanha foi um marasmo, cingindo-se ao dilema ‘quem casa com quem na noite do dia 30’, numa altura em que parece cada vez mais claro que nem PS nem PSD terão a força necessária para governar sozinhos.
PAN e Livre comportam-se como noivos do PS, CDS e Iniciativa Liberal já compraram as alianças para trocar com o PSD, mas a solução, de um lado e do outro, pode exigir a presença do Bloco, do PCP, do Chega.
Nesta indefinição, não estranha que às portas da ida às urnas haja um tão elevado número de indecisos, de quem vai depender, afinal, para que lado tomba a balança. A baralhar as contas, o fantasma da abstenção, potenciado pela dúvida sobre quantos eleitores em isolamento vão votar e quantos vão deixar de o fazer para não correrem risco.
Em suma, nada garantido, muito menos definitivo, à entrada para a reta da meta. Talvez quem esteja certo seja o Tino de Rans, quando, na sua genuína simplicidade, admitiu que depois do dia 30 virá um grande 31.