Esta posições foram transmitidas por António Costa em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, momentos depois de a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2021 ter sido aprovada em votação final global pelo PS, com as abstenções do PCP, PEV, PAN e das deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.
Numa referência às forças políticas que votaram contra o Orçamento do Estado, PSD, Bloco de Esquerda, CDS, Chega e Iniciativa Liberal, António Costa usou palavras duras sobre as vezes em que estas forças políticas se juntaram para alterar a proposta do executivo.
"Essas derivas só reforçam a nossa determinação de seguir em frente. E, se tínhamos essa determinação há cinco anos, há uma coisa que posso garantir: Quanto mais difícil, mais determinado eu estou em seguirmos em frente", declarou.
Tendo ao seu lado o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, o primeiro-ministro foi mais longe nos seus avisos: "Ninguém pense que nos vai amedrontar com maiorias negativas, maiorias que não convergem para fazer o que quer que seja, maiorias que só convergem para tentar impedir aquilo que estamos a fazer. Isso meus amigos, não pensem que nos apanham nessa", disse.
De acordo com o primeiro-ministro, perante essas conjugações políticas, há uma via alternativa: "Se não há cão haverá gato, mas vamos fazer".
"O país não nos perdoaria que nós não fizéssemos aquilo que temos a fazer para salvaguardar o prestígio internacional que o país recuperou, honrando todos os compromissos", declarou, aqui numa alusão à questão do contrato entre o Estado e o Novo Banco.