Eleitos incumpridores do PCP chamados a pagar
Há eleitos que não estão a cumprir as obrigações financeiras.
Paulo João Santos
29 de Novembro de 2020 às 09:46
Os eleitos do PCP para cargos públicos que não estão a cumprir financeiramente para o partido levaram este sábado um puxão de orelhas no XXI congresso comunista, que termina este domingo em Loures. Segundo os estatutos do PCP, os eleitos pelo partido têm de entregar o diferencial entre o salário pelo exercício do lugar político e a remuneração que auferem na respetiva carreira profissional.
“A Comissão Central de Controlo do PCP destaca aspetos positivos no cumprimento desta norma estatutária, mas não pode deixar de referir que detetou casos de incumprimento que não devem ser menosprezados e que exige uma continuada atenção por parte de todo o partido”, alertou o dirigente Raimundo Cabral. Num congresso em que o PCP procura justificar a cada passo a realização do encontro em plena pandemia e com o País fechado em casa, a questão das finanças do partido acabou por ser um dos pontos de maior interesse.
Não apenas a questão dos casos de incumprimento referidos, mas também o aumento suplementar de um euro na quota mensal. “É preciso falar com cada membro para a importância de ter a sua quota em dia e para o aumento do seu valor mensal em pelo menos um euro, independentemente da base de 1% do rendimento”, lembrou Manuela Pinto Ângelo, da comissão política. No mais, as críticas de sempre, desta vez com Marcelo na mira, dada a proximidade das Presidenciais. O congresso encerra este domingo. Jerónimo voltará a ser reeleito, por unanimidade, como secretário-geral.
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