Grande parte dos comerciantes da rua Manuel Pacheco Nobre, no Alto do Seixalinho, Barreiro, já foi alvo de assalto. Paulo Carboila tem duas lojas de material eletrónico e chegou a ser assaltado três vezes, num curto espaço de tempo.
"Arrombavam-me a porta e roubavam o que conseguiam. Depois metiam-se noutro carro e fugiam", conta ao
CM o comerciante.
Paulo recorda que, na altura, foi difícil explicar os três roubos à seguradora e resolveu tomar medidas por conta própria. "Se vamos estar à espera da polícia, não vale a pena. Temos de ser nós a tomar conta das nossas coisas. Eles não fazem milagres", explica Paulo, referindo que "antes tinha alarme e câmaras e roubaram na mesma". "Ter isso apenas não chega", lamenta.
Por isso, há alguns anos, o empresário colocou numa das lojas, onde tem expostos artigos mais valiosos, dois gradeamentos – um por dentro da montra e outro por fora – um deles está eletrificado.
"Quando os dias são mais curtos sinto-me insegura" Na antiga Rua Braz é rara a loja que não tenha um sistema sonoro que alerta para a entrada de clientes. "Quando os dias são mais curtos sinto-me insegura porque anda menos gente na rua", conta Maria José Mendes, da loja Nenúfar. "Antigamente a polícia passava mais vezes aqui", refere.
Tentam arrombar porta de talho O Talho da Maria foi assaltado há cerca de 10 anos e, no ano passado, outro furto só não se concretizou porque os ladrões não conseguiram arrombar a porta. "Há uns anos partiram a montra e levaram produtos de mercearia e caixas de vinho", recorda a dona, Patrícia Furtado.