As alegações da defesa no debate instrutório da Operação Marquês são esta quarta-feira retomadas em tribunal com a apresentação dos argumentos de José Paulo Pinto de Sousa, primo de José Sócrates.
José Paulo Pinto de Sousa está acusado de ser testa de ferro do antigo primeiro-ministro.
Será também ouvida a defesa de Joaquim Barroca, ex-administrador do grupo Lena.
Ao minuto
Atualizado a 25 de jun de 2020 | 12:07
17:28 | 24/06
Débora Carvalho
"Diga me uma página, senhor procurador, onde se mostre que José Paulo disponibilizou um cêntimo a José Sócrates [dos dois milhões de euros]", sustenta o advogado do primo do antigo primeiro-ministro.
José Paulo levantou, em dois meses, 700 mil euros. "Estes valores não foram entregues a Sócrates. Prova documental é zero", continua o advogado.
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"Há levantamentos da conta de José Paulo - 2 milhões - que o MP diz que desaguaram em José Sócrates, sem qualquer prova", afirma Costa Andrade. "Base probatória: zero", diz.
17:02 | 24/06
Débora Carvalho
Diz Costa Andrade também que juiz Ivo Rosa é a maior vítima do processo. Sustenta que decisões deste juiz foram sempre revogadas pelo tribunal da relação.
17:01 | 24/06
Débora Carvalho
O advogado do primo de José Sócrates diz que Tribunal Central de Instrução Criminal "devia mudar de nome" e passar a chamar-se "Tribunal do Carlos de Instrução Criminal, Sociedade Unipessoal".
Costa Andrade fala até dos processos de Tancos e dos Hell's Angels, cujas instruções estão nas mãos do juiz Carlos Alexandre.
17:00 | 24/06
Débora Carvalho
Fala o advogado do primo de José Sócrates. Ainda não falou do cliente, nem dos crimes pelos quais está acusado, optando por falar da atuação do juiz Carlos Alexandre, a quem faz várias críticas
À saída, Castanheira admitiu que o seu cliente "foi ingénuo" e reiterou que a acusação é infundada, deturpada e que não é possível provar o crime de corrupção.
14:58 | 24/06
Débora Carvalho
As alegações continuam: "Joaquim Barroca não conhece José Paulo Pinto de Sousa nem Hélder Bataglia.
Barroca recebeu 7 milhões pela venda das suas ações e pagou o que devia a Santos Silva. Abriu a conta em 2017 na Suíça", afirma Castanheira Neves.
O arguido defende que não é verdade que outros fundos com outra origem passassem pelas suas contas e afirma que "não assinou nada nem ordenou nada".
14:43 | 24/06
Débora Carvalho
Começa a alegar o advogado Castanheira Neves, que representa Joaquim Barroca - acusado de corrupção, branqueamento, fraude fiscal qualificada e falsificação de documento - e o grupo Lena.
Fala em "factos irreais, histórias deturpadas". "A acusação aparenta estar bem vestida, mas não é assim", afirma.
A defesa nega que o grupo Lena tenha recebido informação privilegiada para ganhar concursos públicos e diz que sobre a fraude fiscal qualificada, fica patente o desnorte do Ministério Público.
Castanheira Neves nega o branqueamento de capitais e garante que a acusação "assenta numa falácia".